Vaidade de vaidades, diz o Pregador, vaidade de vaidades, tudo é
vaidade. (Ec 1.2.)
Numa das fábulas de La Fontaine, o corvo estava empoleirado num galho
da árvore e gostosamente segurava no bico um delicioso queijo. A
raposa, atraída pelo cheiro do petisco, e com muita fome, resolveu
“tentar” a ave. E então começou a elogiar o corvo.
“Senhor corvo, como você é bonito! Que linda plumagem tem! Olhe, eu
acho que, se sua voz for tão linda como a sua aparência, você é o
campeão de beleza da floresta!”
E o corvo não se conteve. Para mostrar sua bela voz, abriu o grande
bico, e deixou cair o queijo. Era o que a raposa queria. Enquanto o tolo
tentava cantar alguma coisa, com sua voz desafinada, a esperta raposa
tomou posse do gostoso lanche e lhe disse:
“Aprenda, meu amigo, que todo lisonjeador vive às custas daquele que o
escuta!”
A lição do corvo valeu o queijo perdido. E quantas vezes nos deixamos
levar pelas insinuações do inimigo quando ele toca na nossa vaidade.
Quantas vezes deixamos cair o que temos de mais precioso: nossa alegria,
paz, nossos dias de vida, o dia de hoje.
Hoje: que lindo dia é este!
Hoje é o que tenho em minhas mãos.
Hoje é o que posso ver diante de mim
No passado não dá para mexer.
Só posso rever,
Pedir perdão e perdoar.
Meu futuro posso antever, imaginar, sonhar.
Mas nele ainda não posso tocar,
Somente me preparar
Para colher o que hoje semear.
Hoje é tempo de adorar.
Adorar o Criador, o Salvador, o Consolador.
Adorar e me prostrar de todo o coração,
Por sua salvação, consolo, redenção
E, pelo galardão, agradecer.
Deixá-lo meu coração sondar, limpar e,
Com os pés descalços, adorar.
PAI, DÁ-NOS UM CORAÇÃO LIMPO E SEM VAIDADE. QUE POSSAMOS
VALORIZAR CADA DIA QUE NOS DÁS, E ASSIM GLORIFICAR O TEU SANTO NOME.
AMÉM.
Por Ângela Valadão Cintra
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